segunda-feira, 29 de agosto de 2011

22 DE AGOSTO DIA DO FOLCLORE

O que é Folclore?

Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil. Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem à festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.

As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.
Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.


Comidas Típicas

As Regiões que comemora muito as datas folclóricas, são as regiões Norte e Nordeste do Brasil, tanto que podemos ver através das comidas tipicas do folclore, que em sua grande maioria, diversos pratos, também são considerados como comidas tipicas dessas regiões.


Atividades, Cartazes e Curisidades
As professoras Hellida e Geane, realizaram atividades com seus alunos em sala de aula e as mesmas foram expostas em um mural para todos da escola.





Cantigas de Roda

As cantigas de roda, também conhecidas como cirandas são brincadeiras que consistem na formação de uma roda, com a participação de crianças, que cantam músicas de caráter folclórico, seguindo coreografias. São muito executadas em escolas, parques e outros espaços frequentados por crianças. As músicas e coreografias são criadas por anônimos, que adaptam músicas e melodias. As letras das músicas são simples e trazem temas do universo infantil.

Atirei o pau no gato


Atirei o pau no gato, tô
mas o gato, tô tô
não morreu, reu, reu
dona Chica, cá cá
admirou-se, se se
do berrô, do berrô, que o gato deu, Miau!




Lendas

Cinco Patinhos

Cinco patinhos foram passear
Além das montanhas
Para brincar
A mamãe gritou: Quá, quá, quá, quá
Mas só quatro patinhos voltaram de lá.

Quatro patinhos foram passear
Além das montanhas
Para brincar
A mamãe gritou: Quá, quá, quá, quá
Mas só três patinhos voltaram de lá.

Três patinhos foram passear
Além das montanhas
Para brincar
A mamãe gritou: Quá, quá, quá, quá
Mas só dois patinhos voltaram de lá.

Dois patinhos foram passear
Além das montanhas
Para brincar
A mamãe gritou: Quá, quá, quá, quá
Mas só um patinho voltou de lá.

Um patinho foi passear
Além das montanhas
Para brincar
A mamãe gritou: Quá, quá, quá, quá
Mas nenhum patinho voltou de lá.

A mamãe patinha foi procurar
Além das montanhas
Na beira do mar
A mamãe gritou: Quá, quá, quá, quá
E os cinco patinhos voltaram de lá.


Iara


Também conhecida como a “mãe das águas”, Iara é uma personagem do folclore brasileiro. De acordo com a lenda, de origem indígena, Iara é uma sereia (corpo de mulher da cintura para cima e de peixe da cintura para baixo) morena de cabelos negros e olhos castanhos.

A lenda conta que a linda sereia fica nos rios do norte do país, onde costuma viver. Nas pedras das encostas, costuma atrair os homens com seu belo e irresistível canto. As vítimas costumam seguir Iara até o fundo dos rios, local de onde nunca mais voltam. Os poucos que conseguem voltar acabam ficando loucos em função dos encantamentos da sereia. Neste caso, conta a lenda, somente um ritual realizado por um pajé (chefe religioso indígena, curandeiro) pode livrar o homem do feitiço.

Contam os índios da região amazônica que Iara era uma excelente índia guerreira. Os irmãos tinham ciúmes dela, pois o pai a elogiava muito. Certo dia, os irmãos resolveram matar Iara. Porém, ela ouviu o plano e resolveu matar os irmãos, como forma de defesa. Após ter feito isso, Iara fugiu para as matas. Porém, o pai a perseguiu e conseguiu capturá-la. Como punição, Iara foi jogada no rio Solimões (região amazônica). Os peixes que ali estavam a salvaram e, como era noite de lua cheia, ela foi transformada numa linda sereia.


Boto Rosa e Emília do Sítio do Pica Pau Amarelo
Boto Rosa

A lenda do boto tem sua origem na região amazônica (Norte do Brasil). Ainda hoje é muito popular na região e faz parte do folclore amazônico e brasileiro.

De acordo com a lenda, um boto cor-de-rosa sai dos rios nas noites de festa junina. Com um poder especial, consegue se transformar num lindo jovem vestido com roupa social branca. Ele usa um chapéu branco para encobrir o rosto e disfarçar o nariz grande. Com seu jeito galanteador e falante, o boto aproxima-se das jovens desacompanhadas, seduzindo-as. Logo após, consegue convencer as mulheres para um passeio no fundo do rio, local onde costuma engravidá-las. Na manhã seguinte volta a se transformar no boto.

- Na cultura popular, a lenda do boto era usada para justificar a ocorrência de uma gravidez fora do casamento.

- Ainda nos dias atuais, principalmente na região amazônica, costuma-se dizer que uma criança é filha do boto, quando não se sabe quem é o pai.

Emília


“Emília é uma boneca de pano feita por tia Nastácia, os olhos de linha preta.

Narizinho gosta muito dela, tanto que não desgruda da boneca.

Almoça e janta com ela ao seu lado, e ao se deitar tem o cuidado de acomodá-la em uma rede perto dos pés da cadeira.

Emília era muda, mas doutor Caramujo deu a ela uma pílula falante .

Ao engolir a pílula Emília desandou a falar, falar, falar muito.

A primeira coisa que disse foi: ‘Estou com um horrível gosto de sapo na boca!’

Mas Emília falava tanto, tanto, tanto, "que Narizinho meio atordoada disse ao doutor que era melhor fazê-la vomitar aquela pílula e engolir outra mais fraca”.


A lenda do Lobissomem

A lenda do lobisomem tem, provavelmente, origem na Europa do século XVI, embora traços desta lenda apareçam em alguns mitos da Grécia Antiga. Do continente europeu, espalhou-se por várias regiões do mundo. Chegou ao Brasil através dos portugueses que colonizaram nosso país, a partir do século XVI. Este personagem possui um corpo misturando traços de ser humano e lobo.

De acordo com a lenda, um homem foi mordido por um lobo em noite de lua cheia. A partir deste momento, passou a transforma-se em lobisomem em todas as noites em que a Lua apresenta-se nesta fase. Caso o lobisomem morda outra pessoa, a vítima passará pelo mesmo feitiço.

No Brasil (principalmente no sertão), a lenda ganhou várias versões. Em alguns locais dizem que o sétimo filho homem de uma sucessão de filhos do mesmo sexo, pode transforma-se em lobisomem. Em outras regiões dizem que se uma mãe tiver seis filhas mulheres e o sétimo for homem, este se transformará em lobisomem. Existem também versões que falam que, se um filho não for batizado poderá se transformar em lobisomem na fase adulta.

Conta a lenda que a transformação ocorre em noite de Lua cheia em uma encruzilhada. O monstro passa a atacar animais e pessoas para se alimentar de sangue. Volta a forma humana somente com o raiar do Sol.

Curiosidade:

- De acordo com a lenda, um lobisomem só morre se for atingido por uma bala ou outro objeto feito de prata.






Tia Geane com seus grandes atores. Parabéns!

Chapeuzinho Vermelho


Era uma vez uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho, que tinha esse apelido pois desde pequenina gostava de usar chapéus e capas desta cor.

Um dia, sua mãe pediu:

- Querida, sua avó está doente, por isso preparei aqueles doces, biscoitos, pãezinhos e frutas que estão na cestinha. Você poderia levar à casa dela?

cestinha na mesa

- Claro, mamãe. A casa da vovó é bem pertinho!

- Mas, tome muito cuidado. Não converse com estranhos, não diga para onde vai, nem pare para nada. Vá pela estrada do rio, pois ouvi dizer que tem um lobo muito mau na estrada da floresta, devorando quem passa por lá.

- Está bem, mamãe, vou pela estrada do rio, e faço tudo direitinho!

E assim foi. Ou quase, pois a menina foi juntando flores no cesto para a vovó, e se distraiu com as borboletas, saindo do caminho do rio, sem perceber.

Cantando e juntando flores, Chapeuzinho Vermelho nem reparou como o lobo estava perto...

lobo escondido atr·s da ·rvore

Ela nunca tinha visto um lobo antes, menos ainda um lobo mau. Levou um susto quando ouviu:

- Onde vai, linda menina?

lobo rindo

- Vou à casa da vovó, que mora na primeira casa bem depois da curva do rio. E você, quem é?

O lobo respondeu:

- Sou um anjo da floresta, e estou aqui para preteger criancinhas como você.

- Ah! Que bom! Minha mãe disse para não conversar com estranhos, e também disse que tem um lobo mau andando por aqui.

- Que nada - respondeu o lobo - pode seguir tranqüila, que vou na frente retirando todo perigo que houver no caminho. Sempre ajuda conversar com o anjo da floresta.

- Muito obrigada, seu anjo. Assim, mamãe nem precisa saber que errei o caminho, sem querer.

E o lobo respondeu:

- Este será nosso segredo para sempre...

E saiu correndo na frente, rindo e pensando:

lobo correndo

(Aquela idiota não sabe de nada: vou jantar a vovozinha dela e ter a netinha de sobremesa ... Uhmmm! Que delícia!)

Chegando à casa da vovó, Chapeuzinho bateu na porta:

- Vovó, sou eu, Chapeuzinho Vermelho!

- Pode entrar, minha netinha. Puxe o trinco, que a porta abre.

A menina pensou que a avó estivesse muito doente mesmo, para nem se levantar e abrir a porta. E falando com aquela voz tão estranha...

lobo disfarçado de vovó

Chegou até a cama e viu que a vovó estava mesmo muito doente. Se não fosse a touquinha da vovó, os óculos da vovó, a colcha e a cama da vovó, ela pensaria que nem era a avó dela.

- Eu trouxe estas flores e os docinhos que a mamãe preparou. Quero que fique boa logo, vovó, e volte a ter sua voz de sempre.

- Obridada, minha netinha (disse o lobo, disfarçando a voz de trovão).

Chapeuzinho não se conteve de curiosidade, e perguntou:

- Vovó, a senhora está tão diferente: por que esses olhos tão grandes?

- É prá te olhar melhor, minha netinha.

- Mas, vovó, por que esse nariz tão grande?

- É prá te cheirar melhor, minha netinha.

- Mas, vovó, por que essas mãos tão grandes?

- São para te acariciar melhor, minha netinha.

(A essa altura, o lobo já estava achando a brincadeira sem graça, querendo comer logo sua sobremesa. Aquela menina não parava de perguntar...)

- Mas, vovó, por que essa boca tão grande?

- Quer mesmo saber? É prá te comer!!!!

lobo comilão

- Uai! Socorro! É o lobo!

A menina saiu correndo e gritando, com o lobo correndo bem atrás dela, pertinho, quase conseguindo pegar.

Por sorte, um grupo de caçadores ia passando por ali bem na hora, e seus gritos chamaram sua atenção.

Ouviu-se um tiro, e o lobo caiu no chão, a um palmo da menina.

Todos já iam comemorar, quando Chapeuzinho falou:

- Acho que o lobo devorou minha avozinha.

- Não se desespere, pequenina. Alguns lobos desta espécie engolem seu jantar inteirinho, sem ao menos mastigar. Acho que estou vendo movimento em sua barriga, vamos ver...

Com um enorme facão, o caçador abriu a barriga do lobo de cima abaixo, e de lá tirou a vovó inteirinha, vivinha.

- Viva! Vovó!

E todos comemoraram a liberdade conquistada, até mesmo a vovó, que já não se lembrava mais de estar doente, caiu na farra.

"O lobo mau já morreu. Agora tudo tem festa: posso caçar borboletas, posso brincar na floresta."

FIM





A tia Ana Rosiélia com seus grandes atores. Parabéns!


A lenda do Saci
O Saci-Pererê é uma lenda do folclore brasileiro e originou-se entre as tribos indígenas do sul do Brasil.

O saci possui apenas uma perna, usa um gorro vermelho e sempre está com um cachimbo na boca.
Inicialmente, o saci era retratado como um curumim endiabrado, com duas pernas, cor morena, além de possuir um rabo típico.

Com a influência da mitologia africana, o saci se transformou em um negrinho que perdeu a perna lutando capoeira, além disso, herdou o pito, uma espécie de cachimbo, e ganhou da mitologia europeia um gorrinho vermelho.
A principal característica do saci é a travessura, ele é muito brincalhão, diverte-se com os animais e com as pessoas. Por ser muito moleque ele acaba causando transtornos, como: fazer o feijão queimar, esconder objetos, jogar os dedais das costureiras em buracos e etc.

Segundo a lenda, o Saci está nos redemoinhos de vento e pode ser capturado jogando uma peneira sobre os redemoinhos.
Após a captura, deve-se retirar o capuz da criatura para garantir sua obediência e prendê-lo em uma garrafa.
Diz também a lenda que os Sacis nascem em brotos de bambus, onde vivem sete anos e, após esse tempo, vivem mais setenta e sete para atentar a vida dos humanos e animais, depois morrem e viram um cogumelo venenoso ou uma orelha de pau.


As tias Ana Rosiélia e Gerlande com seus atores mirins.Parabéns!


Branca de Neve e os Sete Anões
Era uma vez, uma linda princesa chamada Branca de Neve, cuja beleza desabrochava dia a dia, causando inveja em sua madrasta, a rainha. Todos os dias, a rainha perguntava ao seu Espelho Mágico quem era a mulher mais bela do reino. Enquanto o espelho respondia que sua beleza reinava suprema, tudo corria bem.

Até o dia, contudo, que o espelho respondeu à habitual pergunta com uma revelação: "Branca de Neve é a mais bela do reino", um fato que também já havia chamado a atenção de um atraente príncipe.

Imediatamente, a rainha trama para que Branca de Neve seja assassinada por um caçador servil, em pleno coração da floresta. Na hora "H", entretanto, sem coragem para levar a cabo a execução da jovem princesa, o caçador recomenda que ela fuja e esconda-se nas profundezas da floresta para nunca mais voltar. Assustada, ela obedece, correndo em disparada até cair por terra numa clareira, exausta e aos prantos.

Um bando de passarinhos e animais silvestres amistosos a consola e ajuda. Os animais conduzem Branca de Neve à cabana dos sete anões, que passam os dias fora de casa, trabalhando numa mina de diamantes próxima dali. Presumindo que o local fosse habitado por crianças, uma vez que tudo em seu interior era tão pequeno, ela limpa e põe toda a casa em ordem, prepara o jantar e, então, cai no sono. Quando os sete anões - Mestre, Feliz, Zangado, Soneca, Dengoso e Dunga - retornam do trabalho à noitinha, encontram Branca de Neve adormecida.

Enquanto isso, no castelo, a malvada rainha não tardou, por meio de seu espelho mágico, a saber que a linda princesinha permanecia viva e continuava a ser a mulher mais bela do reino. Disfarçando-se como uma pobre velhinha vendedora de maçãs, ela envenena uma maçã suculenta e, no dia seguinte, quando os anões estão longe de casa trabalhando, visita Branca de Neve na casinha da floresta e lhe oferece a fruta envenenada. Ao morder a maçã, a jovem cai ao chão, desfalecida, como se estivesse morta.

Os animais e pássaros do bosque, tendo reconhecido a rainha disfarçada, correm e voam até a mina para alertar os anões, que retornam correndo para ajudar Branca de Neve, porém chegam tarde demais. Imediatamente, eles se lançam numa perseguição à bruxa até o topo de uma montanha muito alta, onde, encurralada, ela escorrega e despenca pelo precipício, encontrando seu fim.

Desolados, os anões fazem um esquife de vidro para sua amiguinha, que era bela demais para ser enterrada. Dia e noite, eles velam por ela, tomando-a por morta, sem saber que o feitiço da maçã envenenada pode ser quebrado pelo primeiro beijo de amor.

O príncipe, que já conhecia Branca de Neve e havia se apaixonado por ela, ouve acerca da jovem que jaz num ataúde de vidro na floresta e decide procurá-la. Atraído por sua beleza, ele a beija. De repente, os olhos da jovem se abrem, como se ela acabasse de despertar de um sono profundo.

Branca de Neve e o príncipe, montados em seu belo cavalo, celebram com os animais da floresta e com os sete anões e, em meio a risos e lágrimas de alegria, partem rumo ao castelo do príncipe, onde viveram felizes para sempre.




A tia Ana Lúcia com seus atores mirins.Parabéns!


A Lenda do Curupira

O folclore brasileiro é rico em personagens lendários e o curupira é um dos principais. De acordo com a lenda, contada principalmente no interior do Brasil, o curupira habita as matas brasileiras. De estatura baixa, possui cabelos avermelhados (cor de fogo) e seus pés são voltados para trás.

A função do curupira é proteger as árvores, plantas e animais das florestas. Seus alvos principais são os caçadores, lenhadores e pessoas que destroem as matas de forma predatória.

Para assustar os caçadores e lenhadores, o curupira emite sons e assovios agudos. Outra tática usada é a criação de imagens ilusórias e assustadoras para espantar os "inimigos da florestas". Dificilmente é localizado pelos caçadores, pois seus pés virados para trás servem para despistar os perseguidores, deixando rastros falsos pelas matas. Além disso, sua velocidade é surpreendente, sendo quase impossível um ser humano alcançá-lo numa corrida.

De acordo com a lenda, ele adora descansar nas sombras das mangueiras. Costuma também levar crianças pequenas para morar com ele nas matas. Após encantar as crianças e ensinar os segredos da floresta, devolve os jovens para a família, após sete anos.

Os contadores de lendas dizem que o curupira adora pregar peças naqueles que entram na floresta. Por meio de encantamentos e ilusões, ele deixa o visitante atordoado e perdido, sem saber o caminho de volta. O curupira fica observando e seguindo a pessoa, divertindo-se com o feito.



A tia Ana Maria com seu grande ator.Parabéns!


A Lenda da Mandioca
Numa tribo certa vez
Ocorreu a gravidez
Da filha de um cacique
Sendo ela não casada
De pronto, é interpelada
Para que ao pai se explique

"Com ninguém tive contato
Nunca pratiquei o ato"
Insistia a indiazinha
Pro seu pai era maldita
Pois nela não acredita
Que sina a da pobrezinha

Um sonho o chefe tem
Uma voz a ele vem:
"Na filha creia, meu caro"
Transcorrida a gestação
É menina, que emoção
O bebê branquinho, claro

O espanto foi geral
Porque era especial
De cor incomum ali
Pr'aquele bebê nascido
Um nome foi escolhido
Batizaram de Mani

Já era muita surpresa
A pele alva, pureza
Que a neném apresentava
Não bastasse, já sabia
Caminhar, quando nascia
Ademais, também falava




Ainda com tenra idade
Ano e pouco, que maldade
Aquela pobre inocente
Sem doença, sem razão
Prostrou-se naquele chão
E dormiu eternamente

Uma morte fulminante
Sem aviso, num instante
Para aldeia grande abalo
Na própria oca enterrada
Seu sepulcro a mãe amada
Todo dia ia regá-lo



Algum tempo se passou
No dito lugar brotou
Vegetal desconhecido
Aquela terra escavaram
Contudo não encontraram
O corpo do ser querido

De novo, a tribo se espanta
Raízes grossas da planta
Naquele solo surgiram
Por fora casca marrom
Miolo de branco tom
Assustados, ele viram

Cozinharam as raízes
E, provando, bem felizes
Bradaram: "isso é presente
Por Tupã foi enviado
Merece ser celebrado
Pois mata a fome da gente"

A homenagem foi feita
A menininha a eleita
Sua memória se enfoca
Na oca a raiz nasceu
Dessa forma recebeu
Este nome: "Manioca"



A tia Hellida com seus grandes atores.Parabéns!



ra uma vez uma linda Baratinha.

Gostava de tudo muito limpo e arrumado.


Um belo dia, Dona Baratinha varria o jardim de sua casa quando encontrou uma moedinha. Ficou muito feliz!

Rapidamente, tomou um banho, colocou um vestidinho bem bonito, uma fita no cabelo e ficou na janela da sala de sua casa cantando assim:


"Quem quer casar com a Dona Baratinha,
que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?"
ogo, logo começaram a chegar os pretendentes.

O primeiro que passou foi o Senhor Boi, muito bem vestido.

Dona Baratinha perguntou então para ele:
- Que barulho o senhor faz quando dorme? E ele respondeu:

- Quando eu durmo, o meu ronco é assim - MUUUUU...........

- Saia já daqui! O Senhor me assusta com todo esse barulho!
Dona Baratinha voltou para sua janela, cantando a mesma canção.

"Quem quer casar com a Dona Baratinha que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?"
Um tempo depois passou um jumento todo arrumadinho e falante, dizendo:

- Eu serei o marido ideal para a Senhora.


quando o senhor dorme, como é o barulho que o senhor faz?
- Eu faço assim - Ióh..Ioh...Ióh...Ióhooooooo.........
Assustada Dona Baratinha mandou que ele saísse e nunca mais passasse por lá para assustá-la novamente.


Depois de algum tempo,já desanimada, Dona Baratinha recebeu uma visita inesperada. Era o Senhor Ratão, muito falante e animado:


- Senhora Baratinha, estou muito apaixonado pela senhora e pretendo me casar logo, logo.

A senhora aceita?
Mais uma vez,Dona Baratinha perguntou:
- "Como o senhor faz para dormir?"
Senhor Ratão disse:
- Eu sou muito discreto em tudo que faço.

Até para dormir, meu ronquinho é muito baixinho e dificilmente eu ronco!

É assim:

- iiiihhhhiiiiihhhhhh.......


- Que maravilha! disse Dona Baratinha! Esse barulho não me assusta, até parece uma suave melodia. Com você eu quero me casar e tenho certeza que seremos felizes para sempre!!!!


Logo foram marcando a data do casamento e preparando a festa.

Dona Baratinha pediu para suas amigas Abelhas, Formigas e Borboletas prepararem uma gostosa feijoada, sucos de diferentes frutas e muitos doces!

No dia marcado, a noiva já estava esperando na igreja toda preocupada, porque todos os convidados estavam lá também, só faltava o querido noivo.


Corre daqui, pergunta dali e nada! Ninguém sabia do paradeiro do distinto cavalheiro.O que será que tinha acontecido com ele? Todos se perguntavam....

Acontece que Senhor Ratão era muito guloso.Não resistiu esperar pela surpresa da festa que a noiva havia lhe preparado. Então, aproveitando que todos já estavam na igreja ele foi até a casa das amigas de sua noiva onde tudo estava prontinho e arrumadinho e foi investigar os comes e bebes.

Quando sentiu o cheirinho apetitoso da feijoada, resolveu subir na panela e experimentar um pouquinho....
Acontece que Senhor Ratão perdeu o equilíbrio e caiu na panela do feijão! Como não tinha ninguém em casa ele não se salvou, morreu afogado dentro da gostosa feijoada!!!
uando soube do acontecido, Dona Baratinha triste ficou.

Voltou para sua casa e continuou a vidinha de sempre.







Mas que turma boa. Professores e coordenadora juntos para uma melhor educação. Parabéns para todas.

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